A noite no seu restaurante favorito – Parte 2
- Beatriz Montteh
- 22 de jul.
- 4 min de leitura
Talvez eu tenha cruzado uma linha invisível naquela noite. Sua voz, normalmente carregada de jogos sedutores, transformara-se num comando inegociável - áspero, dominador, diferente de tudo que já havíamos compartilhado.
Permaneci sentada por longos segundos, os dedos traçando círculos nervosos na taça. Não vou. Ele que espere. Ele terá que voltar para a mesa uma hora. Mas mesmo enquanto mentia para mim mesma, já sentia as pernas inquietas sob a mesa. A curiosidade estava me consumindo.
Então, levanto da nossa mesa, que estava posicionada em um local mais afastada, no canto daquele restaurante japonês.
Cada passo em direção ao banheiro masculino fazia o salto do meu sapato ecoar como uma confissão.
Parei diante da porta, a mão pairando sobre a maçaneta. Banheiro masculino. E se...? Imaginei homens saindo dos mictórios, expressões de choque, talvez até de reconhecimento. O pensamento deveria me assustar. Não assustou.
O celular na minha mão corta os meus pensamentos, vibrando na minha não. A mensagem ilumina a tela:
"Você sabe que eu detesto esperar. Estou no último boxe."
Respirei fundo, criando um plano tolo: Entro rápido. Cabeça baixa. Nenhum contato visual. Direto para o último boxe. Como se estratégias importassem, o meu desejo por aquele homem era maior que qualquer constrangimento.
E então, o obedeço. Abro a porta daquele banheiro com um movimento que senti tanto nos ossos quanto na alma.
Havia apenas um homem lavando as mãos na pia. Sigo o plano.
Já no boxe, aquele homem tatuado estava agora diante de mim, seus olhos antes indecifráveis agora ardiam com uma mistura de raiva, tesão e a excitação perigosa de quem está prestes a cruzar um limite.
Sem dizer uma palavra, ele abre o zíper da calça, e seu pau salta para fora da cueca — grande, grosso, latejando de vontade.
Antes que eu possa reagir, suas mãos firmes me colocam de joelhos. A cabeça já melada de desejo roça contra meus lábios, deixando um traço úmido e quente. Envolvo o membro pulsante com a mão e, com a língua, exploro cada veia, cada curva, saboreando o gosto dele.
Ele arqueia o pescoço para trás, soltando um gemido rouco — aquele mesmo que reprimiu durante horas, enquanto nossos olhares se desafiavam na mesa do restaurante.
De repente, os seus dedos se enroscam no meu cabelo, amarrando-o num rabo de cavalo improvisado. Com um movimento brusco, ele empurra minha cabeça para frente, forçando-me a engolir até o talo. Engasgo, lágrimas escorrem no meu rosto, mas ele não cede — só aperta mais, usando minha boca como quiser.
Quando finalmente me liberta, seu pau está ainda mais duro. Ele me puxa pelo cabelo, erguendo-me, e por um segundo, os nossos olhos se encontram. Com o polegar, ele enxuga minhas lágrimas... antes de cravar os lábios nos meus num beijo devorador. Não é só um beijo — é possessão, fome, uma promessa silenciosa.
— Então, você queria exibir esses peitos para os outros homens?
Antes que eu possa responder, suas mãos agarram meu vestido tomara-que-caia e, num puxão, me deixam nua da cintura para cima. Meus seios pesados saltam, os mamilos já durinhos sob seu olhar.
— Eles são meus. Entendeu?
Sua voz é áspera, dominadora. Ele os aperta com força, depois abaixa a boca e os devora — lambendo, mordiscando, sugando como se quisesse marcar minha pele.
A essa altura, já estou completamente molhada.
Agora era a vez dele de se ajoelhar.
Sem pressa, ele levanta meu vestido, desvia minha calcinha com os dedos e ergue minha perna sobre seu ombro, expondo-me por completo. Minhas costas se arqueiam contra a parede fria do banheiro, mas seu corpo quente me mantém presa ali, entregue a cada movimento daquela boca faminta.
Ele me devora como se eu fosse seu último desejo — lambendo, sugando, sabendo exatamente como me deixar louca. Adora sentir o meu gosto, lambuzar os lábios com meu néctar, como se cada gota fosse sagrada. Enquanto sua língua invade meu sexo com golpes profundos, seus dedos apertam meus seios, torcendo os mamilos até doer — e eu adoro.
Ele me faz sentir a mulher mais desejada do mundo. Aquele homem sabe como foder.
Perco o controle. Enrosco os dedos em seus cabelos e pressiono seu rosto contra mim, esfregando meu clitóris pulsante em sua boca. Ele não resiste — apenas aceita, sentindo meu corpo tremer à beira do orgasmo. Seus dedos apertam meus mamilos com mais força, e eu...
Eu explodo.
Minha cabeça cai para trás, meu corpo arqueia como um arco tensionado, e por um instante, o mundo desaparece. Tudo o que existe é o fogo que ele acendeu em mim, o êxtase que me consome por dentro.
Quando finalmente abro os olhos, ele ainda está ajoelhado, o rosto brilhando de mim, com um sorriso de puro orgulho selvagem. Levanta-se, arruma os cabelos bagunçados e me encurrala contra a parede, roubando-me um beijo que sabe a vitória.
— Quando chegarmos em casa... — sussurra contra meus lábios, a voz rouca de desejo — ...vai ser a minha vez de gozar. Melhor estar preparada.
E então, some pelo banheiro, deixando-me ali, ainda tremendo, com a pele arrepiada e o coração batendo como um tambor.
Eu sabia.
Aquela noite mal tinha começado.
(... e continua...)




